terça-feira, 25 de dezembro de 2007

um dia tão distante daquilo que já fora.
um riso tão mentiroso quanto os pensamentos.
uma lágrima tão densa quanto o infinito.
uma verdade pura e penosa.

uma dor aguda
uma angústia interminável
uma dúvida impaciente
uma certeza incerta.

uma noite fria
uma solidão eterna
uma incompreensão clássica
um delírio contínuo.

uma falta de afirmação
uns pedaços de sentimento
umas incertezas fatais
e uma ausência interminável.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

conheço o céu
e tenho amizades no inferno.
o alívio que vem em tom pastel
não ilude um sofrimento velho.

a noite é fria e silenciosa
como ela, só ela.
você se vai toda carinhosa
desfilando pela rua que lhe espera.

os risos se espalham ao sabor do vento
e os amigos se alegram
enquanto nesta sala sem alento
um outro com os demônios a esperam.

quando acaba a música
você volta para casa
sem perceber a angústia
que toda noite quase me mata.

sábado, 8 de dezembro de 2007

de verdade?

eu amo a hipocrisia. e isso não é ironia ou outra coisa que não seja realmente isso.
um dia entenderão.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

é meio que assim,
sem nada, por nada, de nada, ao nada.
é meio que assim,
vem de repente, sem ente, carente, dormente.

vai indo se indo caindo mentindo.
sem prece já carece daquela que nunca esquece.
mortificado largado por estar petrificado
por sentir ao sorrir um amar roubado.

sem rumo perdido se vai
chegando sem rumo se vai perdido
ao longe sem futuro
a esperança nasce sem rumo.

o desespero singulariza
uma complexidade lógica
daquele que é o que
não mais que um palhaço sem riso.