terça-feira, 20 de outubro de 2015

Sou todas as vidas do mundo

Não me leia,
sinta!
Não decifre,
explore.

Faço um risco,
às vezes um A.
Pode ser amor,
mas te engano.

Jamais afirme.
Sempre negarei.
Vivo outras vidas,
Morro em vocês.

Do que escondo,
criei do mundo.
Do que sorri,
a mentira que profano. 

O poeta ama, 
mas não sozinho.
Vivo em todos,
e todos em um.

Minhas palavras,
sem autores.
Meus sentimentos,
cem guerreiros! 

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

O primeiro vôo

Eu te dei...
o meu melhor Oi.
Cheio de surpresa,
cheio de boas intenções.

Você,
me deu seu mistério.
Confesso,
a sua especialidade.

Eu tremi, muito.
E nem era inverno.
Eu sorri,
mas era de nervoso.

Você, calma.
Calma?
Relaxada,
ou desinteressada?

Eu tentei,
até fiz uma canção.
Você,
você não prestou atenção.

Fiz novela
e até um poema.
Você suspirou
e até disfarçou.

Hoje eu me perco
e você...
você também.

Hoje eu te quero
e você...
você me quer também.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

A supernova do amor

Não existe só ela,
a força brutal da natureza.
Imponente, como deveras ser.
Incansável e fatal.

Braços fortes ela tem.
E, também, espírito.
Uma gladiadora, fato.
Nem sempre humana.

E o que dizer,
se a língua seca,
se o cérebro falha
e não se quer mais viver?

Até os anjos caem,
o fruto nega adocicar
o dragão acorda
e o infinito desperta.

E sendo, vai ser.
E a vida mostra,
não é só a gravidade
quem te joga montanha abaixo.