quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Não somos juízes

E na narrativa do conto,
eu pausei.
No instante do período,
houve, como havia de existir.

Os dedos são flechas,
dia após dia sem alvo.
Atiradas aos céus,
na solidão sem escudo.

E sem culpa,
a ignorância causa violência.
Exige sabedoria no caos,
entre ouvir e escutar.

 O abismo é sempre fundo,
mas nunca suicida.
O salto do poder
é antagônico ao medo.

E nos instantes,
existe uma não recompensa...
Mas paz
e um sorriso do novo mundo.

No chão aprendemos a andar,
porém...
Não admire,
apenas!

O sol,
sempre incentiva o vento.
E as folhas...
Elas sempre o saboreiam.

Encontre o seu texto,
eles estão esperando-ti.
E no auge do sossego
abrace a quem lhe sorrir.

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Menos do mesmo

E eles tinham suas terras.
Perdendo aos olhos.
Mar ao horizonte,
Um pulso no peito.

Alguns viviam nos becos.
Entre tabernas, 
histórias.
Fazer história.

Houve descaso,
riso desconfiado.
Um pedido, um não morra
E um adeus.

Mas grandes foram!
Não mais pão mofado
Ou vinho barato.
Seria canção para eternidade.

A rotina foi quebrada.
Acreditaram na idéia da conquista.
E no fim do dia ouviu-se:
Terra a vista!



terça-feira, 17 de junho de 2014

Na calada da noite

Na dor ou na dúvida.
Entre prantos... questionados?
Dedos entrelaçados,
internamente desejados.

Promessas,
doce ilusão (?) e sempre?
Companheira,
no futuro-presente!

Entender e aceitar,
verbo a conjugar.
Ação e um movimento,
no peito, a amar!

Ondas sonoras
e um encantamento.
Deite aqui,
que eu cuidarei da sua cabeça.

Saiba,
mesmo sem acreditar.
Com gelo, um copo na mão
e aquela nossa canção.

E como de costume
e sozinho, estarei.
No escuro da sala e suspirando e...
com um sorrisinho no canto da boca!

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Na floresta

E é do gesto,
Sem pretensão,
Ao acaso,
Caindo pelo chão.

Atirada por muitos,
Com ou sem intenção.
No solo firme
A história da criação.

E hoje,
Ela germina.
Sem pressa e alegre.
O início da vida.

Não há alvoroço
E suas amigas
Testemunhas que são,
Comemoram ao seu estilo.

Não há validade.
Mundo selvagem
Mas destemida.
Força fixa invisível.

O tamanho
Entrega sua idade.
Florescendo, 
Recebe seus agrados.

E o atestado final,
A sabedoria.
Mostrando a todas 
Que o silêncio é seu único aliado!

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Maldita telenovela

O poder da mente,
que vem de repente
rasteiro como serpente
engana os olhos da gente.

Derrubado no ar
com dúvida de certeza.
E o medo agora de sonhar
e ser levado pela correnteza.

Maldita telenovela
roubou meu sub(in?)consciente.
Me vi na platéia,
e o medo fez-se presente.

Não quero aquele fim,
certo, absolutista romântico?
Amar você assim,
desafiando o futuro nada estranho.

Por você, sempre!
E vencer o não(?)-real.
Derrubada a porta da frente,
comemorando na água com sal.