sexta-feira, 2 de abril de 2010

E nós partimos rumo ao novo mundo. Já se faz, data de hoje, mês de Maio. O tempo passou, muito rápido, para você; no meu caso o tempo se eterniza. O tempo que já fez carnaval em agosto chuvoso e hoje serve apenas para mostrar ao teimoso espelho o que é um homem sem a sombra da orquestra. No caminhar deste caminho caminhado já ouvi pelos becos do subúrbio história de cada milagre que, já, não acredito tanto assim... onde o tempo não é lá tão caridoso como pregam. Até tentei dançar um tango com ele mas até com isso eu errei o salto. Num dos caminhos que me levam ao devaneio, conheci uma singela e graciosa. De um passado já comprometido pela busca da razão social e comprometimentos "obrigatórios". Um dos sentimentos que vivo me perdendo, é claro, como eterno apaixonado que sou. E por assim dizer, me perdi, novamente. Porém como os meu delírios, sempre acontece, se vão. E ao irem deixam um tom de cinza no meu quadro de cores de uma cor só. O preto. Eu visto preto por dentro e por fora, mesmo com esse sorriso amarelo e uma boca pálida. O show dos becos, perdidos, me faz sentir-se em casa. O que antes era força, agora é desespero. E o que era, não é mais.

Onde está a luz desse beco? No fim? Pois isto parece-me mais uma dízima periódica do que uma artéria da paixão. Eu, enfim, me perco, as vezes, nesses becos também. Ah! que delícia é por momentos categóricos essa sensação. O problema é que as vezes esqueço de voltar a realidade do presente-futuro e vejo que o dia já é sombra e que a lua não vem cantar à minha sala hoje a noite. Mas pelo visto, eu também não vou cantar hoje... pelo visto, eu não vou cantar mais.

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