quinta-feira, 29 de abril de 2010

hoje eu acordei
e achei que escreveria sobre o azul do céu
a suavidade das nuvens
e o manso calor da manhã.

Mas eu percebi que não vivo essa vida
que meu eu não está em mim
que o meu ser não é estar
e que meu ar é rarefeito.

Tive noções de física
que na minha matemática se anulam.
Onde minha sorte tende aos céus
que não são mais meus.

Espero que o novo
sempre velho
se torne passado
antes que meu futuro se finda.

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