segunda-feira, 11 de abril de 2011

Contra os cem dragões

É duro admitir.
Saber-se do fim,
ou quase dele.
A luta, ainda vale a pena?

Estão a atacar unidos
e me deixam só.
Como ousam tratar-me assim,
o único ainda que lhes ama!

Sinto dores
e meus punhos não cerram mais.
Os meus sonhos...
cada vez mais curtos.

Do meu sorriso escasso
guardei o último pra você.
De escudo partido e sem lança
faço do meu peito sua fortaleza.

E do seu lado,
ainda faço querer ser.
Eu quero,
por favor, queira também.

Venha! Agora, você!
Não vou mais só.
Trovei, minha senhora..
ajude-me, agora.

Eu já perdi a absoluta.
Mas quero seguir,
vou seguir.
Cruze sua espada com a minha.

À morte...

Um comentário:

Amanda disse...

Os verdadeiros apaixonados sempre morrem no final, acho isso tão triste.

Mudando de assunto, você tem uma coisa parecida comigo quando escrevo, a contradição. Ao mesmo tempo que repugnamos algo, o louvamos e desejamos. Acho interessante essa mudança de atitude dentro de um texto, sempre uso.