quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

é cara, eu acho que agora vai.
agora foi.
depois disso,
ou depois de "não-isso". machucou.
foi forte.
eu esperava, racionalmente.
mas esperava, emocionalmente.
muito ruim, muito chato depender de você, das suas emoções.
agora eu vou acordar,
agora eu quero.
vai ser...

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

então é natal, e daí?
pô, meu!
pra mim não mudou nada.
a maluquice toda, continua.
a minha vida, putz! nem se fala.
não tive vontade de fazer droga nenhuma ontem. só quis dormir.
hoje, passo o dia sozinho.
um pleno dia 25 de dezembro, comercial tudo bem, mas sozinho.
eu sinto dores que os médicos não curam, os remédios apanham...
eu ouço músicas que cortam meus ouvidos,
meu cheiro não respira,
meus pés não alcançam o chão e minhas mãos não tocam o céu.
meus olhos vêem tudo distorcido e eu lembro do futuro.
e daí se o sol nasceu? há tempos eu só vejo o nada, o abstrato.

por favor...

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

nossa cara, tudo é tão vazio.
tudo é tão nada.
será que dessa vez eu vou sobreviver?
essa guerra é grande demais pra mim.
o exército de um homem só.


malzetov.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

hoje eu andei pelo vale das sombras, e acredite, sozinho.
procurei por todos os lados, todos os cantos, tudo que havia de matéria, espaço e tempo...
e nada encontrei. sim! eu procurei por cima, por baixo e até de lado, os cantos...
está cada vez mais difícil, minha cara. sento na minha cama pra ler seu livro e meus olhos choram. o meu coração já bate por inércia apenas, porque nem ele nem eu temos mais vontade, desejo, aspiração ou qualquer outra coisa. o preto já se tornou minha segunda pele e a alegria é meu carnaval de setembro. esses dias, minha cara, fui me preparar para uma festa de criança, minha sobrinha. minha fantasia era de um palhaçao russo. quando eu cheguei na festa a primeira coisa que me perguntaram era se eu sabia fazer piadas. respondi que sim, é claro. e de tantas piadas que contei naquela noite lembrei da sua favorita, lembrei do seu sorriso, da sua gargalhada. nossa! como era bom sorrir contigo. sentir o seu tremecer, a falta de ar e mais gargalhadas... como era bom! hoje eu chorei vendo stand up comedy. que ironia, você não acha? os meu sóis hoje se escondem da neblina. fracote insolente! lembro-me que juntos fizemos um sol de tijolo na beiradinha da nossa árvore, aquela que dei a você o primeiro beijo, o mais apaixonante dos primeiros beijos. ai! que dor é essa que aperta meu peito agora! ai! o amor machuca mas a falta dele mata. a sua falta...
sem você eu estou assim, caminhando sozinho, todo machucado...

morrendo


morrendo.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

A batida do seu peito me chama por outros nomes, e eu sei. Eu ouço seus gritos de noite, sozinho. Eu sei que você está aí, ainda. Eu sinto que você me chama, por outros nomes. Você gera em mim cuidados dos outros, você provoca a preocupação alheia, em mim. Por você, eu minto. Eu luto, todo santo dia contra mim mesmo, e contra todo mundo também. Não minto. Não pra mim. Mentira! Eu minto. É só o que eu faço. É só o que me sobrou pra fazer porque eu já não sei mais o que fazer. Eu estou perdido, não sei por onde andar. Eu já não choro com lágrimas e rosto vermelho mais. Nem isso mais eu tenho. Meu corpo se mata todo dia que passa e minhas dores são sozinhas. Dói em silêncio, no escuro da noite com a cabeça pesada e coração aberto. O meu circo já não alegra mais ninguém e meu sorriso está amarelo e com cárie. A minha mão está toda cortada e nenhuma comida pára em mim. O meu tempo voa e minha vida escorre pelas minhas mãos. Eu estou sozinho, você entende? As minhas chances dessa vida eu já gastei e eu não aguento mais ter que fazer tudo de novo. É sempre a mesma história. A gente combinou que não seria assim, não era pra ser. A solidão nem machuca tanto, sabe? O que mais me dói é a rejeição, a sua rejeição. Eu tentei, você percebeu. Eu fiquei lá te esperando, eu fiz de tudo pra você me notar e você simplesmente ignorou. Por quê? Eu sou tão mal assim. Eu sei o que fiz, pra mim, pra você e por nós. Eu errei. Mas eu tentei consertar também e você mesma disse que eu era uma boa pessoa. Disso eu lembro. Mas nós dois parece que chegou ao abismo total. É verdade. Mas "nós dois temos namorados" né? Eu não. O mundo é pesado demais sabia? Aguentar tudo não é o difícil mas ter que dar jeito em tudo pra todos, é. Nada machuca mais um lutador do que abrir mão da batalha. Reconher a minha derrota não é o pior dos meus fantasmas, a facada final é não ter mais armas porque você escondeu todas. Você sim é uma exímia lutadora, cortou todos os meus golpes. Você acabou com tudo. Mas...
"quando você voltar
Tranque o portão
Feche as janelas
Apague a luz
e saiba que te amo..."
'o mal do século é a solidão...'

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Eu não batizei você,
sem nome lembrei do verão
ao sair pelos ventos a mercê
eu andei com o amor na mão.

Ao cantorolar no corredor
nasceu do fundo do poço
o que pensei acabado, amor
era o reinvento, tudo de novo.

Dexei de lado o mistério
e abri asas aos pensamentos
e ao ser um lírio
do meu jardim, florescendo.

Sem espírito nem alma
vives em mim de todo corpo
à liberdade dos ventos sem jaula
o insano amor de um louco.

domingo, 6 de dezembro de 2009

A letra "a" está longe do "m".
o "o" está até perto mas o "r", não.
E assim nossas vidas se completam.
Você não está aqui; eu, sim, na solidão.

Ouço a água lá fora caindo,
livres e insanas
brincando de bater em todo canto
isolando-me das pessoas bacanas.

Me refugio nas minhas canções,
no meus dedos a escrever,
nos meus pensamentos a bailar
no meu coração a te amar.

Entre fantasias e realidade
entre o frio e o suor
entre eu e você
o paraíso e o amor.

Seguro em mim o seu poema,
uma carta de paixão
uma entrega crucificada
um fiel e apaixonado coração.
NxZero

Composição: Diego Ferrero / Leandro Rocha

Eu tento te esquecer
Mas tudo que eu escrevo
É sobre você

Eu não posso me enganar
Fingir que estou bem
Porque não estou

Preciso de você
Preciso de você
Essa noite

E hoje estou aqui
Só pra te cobrar
O que você disse
Que iria ser pra sempre
Mas não foi assim
Agora o que me resta
Escrever nessa carta
Pra lembrar

Eu passo tanto tempo
Só te procurando
Em um outro alguém
Mas não posso me enganar
Sinto sua falta
E ninguém pode ver

Preciso de você
Preciso de você
Essa noite

E hoje estou aqui
Só pra te cobrar
O que você disse
Que iria ser pra sempre
Mas não foi assim
Agora o que me resta
Escrever nessa carta
Preciso de você