sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

hoje eu andei pelo vale das sombras, e acredite, sozinho.
procurei por todos os lados, todos os cantos, tudo que havia de matéria, espaço e tempo...
e nada encontrei. sim! eu procurei por cima, por baixo e até de lado, os cantos...
está cada vez mais difícil, minha cara. sento na minha cama pra ler seu livro e meus olhos choram. o meu coração já bate por inércia apenas, porque nem ele nem eu temos mais vontade, desejo, aspiração ou qualquer outra coisa. o preto já se tornou minha segunda pele e a alegria é meu carnaval de setembro. esses dias, minha cara, fui me preparar para uma festa de criança, minha sobrinha. minha fantasia era de um palhaçao russo. quando eu cheguei na festa a primeira coisa que me perguntaram era se eu sabia fazer piadas. respondi que sim, é claro. e de tantas piadas que contei naquela noite lembrei da sua favorita, lembrei do seu sorriso, da sua gargalhada. nossa! como era bom sorrir contigo. sentir o seu tremecer, a falta de ar e mais gargalhadas... como era bom! hoje eu chorei vendo stand up comedy. que ironia, você não acha? os meu sóis hoje se escondem da neblina. fracote insolente! lembro-me que juntos fizemos um sol de tijolo na beiradinha da nossa árvore, aquela que dei a você o primeiro beijo, o mais apaixonante dos primeiros beijos. ai! que dor é essa que aperta meu peito agora! ai! o amor machuca mas a falta dele mata. a sua falta...
sem você eu estou assim, caminhando sozinho, todo machucado...

morrendo


morrendo.

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