terça-feira, 30 de novembro de 2010

Pedaços e estilhaços

Foi um rastro.
Uma minúcia, do meu lado.
E do efeito borboleta
era tudo ao seu coração despedaçado.

Um cego egoísta
com vontade do contrário.
Errante com roupas velhas
vestindo o passado na hora errada!

Julgo-me todos os dias
e sou o meu pior juiz.
Culpo-me, culpado!
Preso e devastado.

O caminho de casa é longo,
passo por mim toda vez.
Tento me perder
mas a loucura desconhece o perdão.

O presente era o futuro,
e eu havia achado o perdido.
Fui um tolo da modernidade
e aquilo que nunca quis ser.

Agora o meu castelo é carta marcada
e o meu destino está encurralado.
Dentro de mim agora,
a menina dos meus olhos morre afogada.

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