Cheguei de maneira calma
e abri suave.
Foi tão lento
que fiquei mais velho.
Dois tapas com a canhota
e consegui instalar-me.
Óculos escuros
e um azul no horizonte.
Brisa me acariciando
e gente de tudo quanto é cor
pra lá e pra cá
caminhando e correndo.
Gargalhada pra todo canto
e alegria sem fim.
Picolés que refrescam a garatoda;
e loira gelada pra rapaziada.
Saudades desse tempo
onde gente era a gente.
E multidão era
festa, não arrastão.
Hoje os metais tem vida,
são blindados e nos perfuram.
Hoje não temos mais liberdade,
os metais tomaram conta da cidade.
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
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