quinta-feira, 14 de julho de 2011

Que seja vida o prometido

Não é assim.
Tão simples e exato.
Há uma sutileza,
veja ali, no cantinho.

Aos olhos uma figura.
Mas... só uma figura.
Tem todo um trabalho,
gestos e risos.

De janela, foi-se o tempo.
No falso escuro
a voz da dor
e o túmulo do amor.

Jogado no poço
junto com sua verdade.
Ao sol que brilha,
meia-vontade, meio-ser.

Assim como os épicos,
exige de quem lê.
Restringe aos poucos
a sensação de gritar em silêncio.

E ao tempo...
que seja fiel a paciência.
E a nós...
que seja vida o prometido.

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