Hoje foi um daqueles dias
lembra-se deles?
Aqueles de maio,
frios e nublados.
Com cara de poucos amigos
e tons esquecidos.
De saudosa tristeza,
fiel e apaixonada.
Aqueles dias de lágrimas
em meio a cama aberta.
De cantos sujos
e poeiras e traças.
De simplicidade longínqua
ela me fita.
Está ali, a me espiar
com olhos brilhantes, mas sozinha.
Não ousa abrir a boca,
assim como eu.
Busca ser percebida
de maneira discreta.
Prefere ser iniciada,
ser desejada e ser amada.
É, nesta noite somos só você e eu,
minha cara.
Vou abrir a janela um pouco mais
e convidá-la cordialmente.
Sinta-se a vontade, sinta-se da família,
o vazio hoje é por conta da casa.
terça-feira, 26 de outubro de 2010
domingo, 24 de outubro de 2010
Eu faço por tudo
e todas as palavras.
As que conheço,
as que invento e as suas.
Carrego por aí um sorriso
meio amarelo, meio forçado.
Cheio de dor e cicatrizes
numa solidão angustiada.
Pareço um da corte
e um louco desesperado.
Qualquer símbolo de verde
já penso em primavera.
Entre todos os abismos
este que você me empurrou
é o mais profundo
e escuro dos infernos que vivi.
Quem olha não vê,
quem se importa, mente.
Quem sabe, nega
e quem nega, me mata!
Não quero que pense,
só sentir já basta.
Sentir-me, no seu peito
é o que me salva, me faz viver.
Preciso do tempo presente
e do romance entorpecer.
Desses que ultrapassam livros e poemas,
e que fazem você não viver sem mim,
assim como não vivo sem você.
e todas as palavras.
As que conheço,
as que invento e as suas.
Carrego por aí um sorriso
meio amarelo, meio forçado.
Cheio de dor e cicatrizes
numa solidão angustiada.
Pareço um da corte
e um louco desesperado.
Qualquer símbolo de verde
já penso em primavera.
Entre todos os abismos
este que você me empurrou
é o mais profundo
e escuro dos infernos que vivi.
Quem olha não vê,
quem se importa, mente.
Quem sabe, nega
e quem nega, me mata!
Não quero que pense,
só sentir já basta.
Sentir-me, no seu peito
é o que me salva, me faz viver.
Preciso do tempo presente
e do romance entorpecer.
Desses que ultrapassam livros e poemas,
e que fazem você não viver sem mim,
assim como não vivo sem você.
A sina é intepestiva
silenciosa e sádica.
Anda pelos becos
com a mão no meu peito.
No meu peito,
ela inferniza.
Provoca meus demônios
e alimenta-os com doçura duvidosa.
Das noites que vivi(emos),
só tenho a saudade.
Aqui guardada e protegida
me consumindo pelos amigos de prosa.
Destas músicas que ouço
sinto pena.
Pena de mim mesmo
que assim como elas, você desliga quando cansa.
silenciosa e sádica.
Anda pelos becos
com a mão no meu peito.
No meu peito,
ela inferniza.
Provoca meus demônios
e alimenta-os com doçura duvidosa.
Das noites que vivi(emos),
só tenho a saudade.
Aqui guardada e protegida
me consumindo pelos amigos de prosa.
Destas músicas que ouço
sinto pena.
Pena de mim mesmo
que assim como elas, você desliga quando cansa.
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
É como a história do círculo,
você conhece, lembra?
É findo,
e vai repetir-se.
Mas grandes histórias,
fatos e o para sempre
precisam de borracha,
vontade e alguém pra narrar.
De sorte, tenho muito.
Acertei, com você.
Erro, agora.
Ao deixá-la tão longe de mim.
Mas como nos textos
isso é apenas uma vírgula.
O nosso ponto final
é um sinal pra pular a linha.
Quão prazeroso foi.
Já dizia há tempos
o seu Oi é diferente,
é intenso, é meu, é pra mim.
Imagino que fica também,
assim, meio temerosa.
É amor de trovador,
são 100 dragões em cólera.
Nesse ato, o terceiro
não tivemos tanto drama.
O suspense passou rápido
e fechamos com promessas shakespearianas.
você conhece, lembra?
É findo,
e vai repetir-se.
Mas grandes histórias,
fatos e o para sempre
precisam de borracha,
vontade e alguém pra narrar.
De sorte, tenho muito.
Acertei, com você.
Erro, agora.
Ao deixá-la tão longe de mim.
Mas como nos textos
isso é apenas uma vírgula.
O nosso ponto final
é um sinal pra pular a linha.
Quão prazeroso foi.
Já dizia há tempos
o seu Oi é diferente,
é intenso, é meu, é pra mim.
Imagino que fica também,
assim, meio temerosa.
É amor de trovador,
são 100 dragões em cólera.
Nesse ato, o terceiro
não tivemos tanto drama.
O suspense passou rápido
e fechamos com promessas shakespearianas.
terça-feira, 19 de outubro de 2010
Começamos de maneira tradicional.
Comigo, primeiro.
Depois o social,
e por seguinte o charme.
Que doce e misterioso.
Intrigante, e confesso,
pareceu um jogo.
Algo do diz-que-me-diz.
Por minutos e séculos
foi indo, e vindo.
E por ora
estava feito, por enquanto.
Foi intenso
e quase perdi o ar.
Bons frutos e uma satisfação.
Que honra...
Fechado, o primeiro ato,
com palmas.
Fora do espetáculo,
o de sempre.
O dia foi bom,
a bilheteria agradece.
O diretor foi embora
e aqui no palco ficou esperança.
Comigo, primeiro.
Depois o social,
e por seguinte o charme.
Que doce e misterioso.
Intrigante, e confesso,
pareceu um jogo.
Algo do diz-que-me-diz.
Por minutos e séculos
foi indo, e vindo.
E por ora
estava feito, por enquanto.
Foi intenso
e quase perdi o ar.
Bons frutos e uma satisfação.
Que honra...
Fechado, o primeiro ato,
com palmas.
Fora do espetáculo,
o de sempre.
O dia foi bom,
a bilheteria agradece.
O diretor foi embora
e aqui no palco ficou esperança.
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
A arte do trovadorismo
O trovador não é um lunático que ama sem razão. Talvez seja pra'queles que não entendem de tal arte.
Não podemos nunca julgar aqui por simplesmente achar que é fora do padrão, pois é isso que o trovador é.
O trovador chega a amar tanto que causa dúvida até mesmo de sua senhora. O trovador é um homem paciente,
pois na arte da paixão ele não se joga ao chão, na frente dela, é claro. O trovador ama, primeiro, em círculos.
Brada pra quem quiser ouvir que a ama tanto que os pulmões parecem explodir. O trovador pode ser taxado de tímido, talvez.
Mas a questão é que ele não diz diretamente pra sua amada quem ela é, apesar de que todos sabem quem é. É uma arte
dizer que a ama sem dizer seu nome. Ela reconhece esse amor a milhas de distância pois sabe que nunca recebera
desejo tão imenso de outro. Ela sabe que este homem é capaz de tudo por ela, mas ela finge. Ela também faz a sua arte,
a arte de deixá-lo maluco na espera de um sinal seu. O trovador ama calado, no silêncio da dor e da angústia sem poder
escrever em letras claras o seu nome. Não é fácil para o trovador renascer todo dia com esse amor e não poder
despejar na boca de sua amada. Não é fácil ver que as vezes ela se perde, e que ele também se perde, em tantos devaneios.
O trovador é uma espécie que ama, sempre. Não importa o que sua senhora faça, ele sempre terá amor por ela. Cantará sempre.
E esperará, até a morte se preciso, para que ela realmente saiba quem é. Para o trovador não existe prêmio maior quando
o seu amor é reconhecido. Não é charme nem esperança demais. O trovador só espera que sua dama diga "venha!" ou então que olhe pra ele com a doçura ímpar, pois ele está de guarda pronta para levar o mundo para ela. O trovador só espera que ela também reconheça, pois ele não finge. O amor que deverás sente, ele sente. Ela sabe, mas ele fica na defensiva. Pois a arte está em amar o que não foi tocado, ainda. Está em contarolar pra todos que ela, é Ela. A sublime pureza do sentimento mais nobre que habita nas suas entranhas. O trovador não cansa. O trovador é forte, ele tem tudo para sobreviver enquanto sua amada poder respirar pela manhã e trazer consigo aquele sorriso de primavera celestial. Cabelos ao vento e lábios de mel, pele da suavidade das Índas e cheiro do Olimpo. O trovador nada mais é que uma fonte eterna de amor, aquele que ela sabe,
que se tudo der errado ela ainda terá o seu amor, pra sempre e sempre. O trovador apesar dos pesares, só reza
para que tamanha donzela não seja tão teimosa assim para esperar séculos para correr para seus braços também.
O amor de um trovador é a cura dos males, o remédio dos deuses, o unicórnio dos sentimentos...
O amor de um trovador é tudo que você precisa!
Não podemos nunca julgar aqui por simplesmente achar que é fora do padrão, pois é isso que o trovador é.
O trovador chega a amar tanto que causa dúvida até mesmo de sua senhora. O trovador é um homem paciente,
pois na arte da paixão ele não se joga ao chão, na frente dela, é claro. O trovador ama, primeiro, em círculos.
Brada pra quem quiser ouvir que a ama tanto que os pulmões parecem explodir. O trovador pode ser taxado de tímido, talvez.
Mas a questão é que ele não diz diretamente pra sua amada quem ela é, apesar de que todos sabem quem é. É uma arte
dizer que a ama sem dizer seu nome. Ela reconhece esse amor a milhas de distância pois sabe que nunca recebera
desejo tão imenso de outro. Ela sabe que este homem é capaz de tudo por ela, mas ela finge. Ela também faz a sua arte,
a arte de deixá-lo maluco na espera de um sinal seu. O trovador ama calado, no silêncio da dor e da angústia sem poder
escrever em letras claras o seu nome. Não é fácil para o trovador renascer todo dia com esse amor e não poder
despejar na boca de sua amada. Não é fácil ver que as vezes ela se perde, e que ele também se perde, em tantos devaneios.
O trovador é uma espécie que ama, sempre. Não importa o que sua senhora faça, ele sempre terá amor por ela. Cantará sempre.
E esperará, até a morte se preciso, para que ela realmente saiba quem é. Para o trovador não existe prêmio maior quando
o seu amor é reconhecido. Não é charme nem esperança demais. O trovador só espera que sua dama diga "venha!" ou então que olhe pra ele com a doçura ímpar, pois ele está de guarda pronta para levar o mundo para ela. O trovador só espera que ela também reconheça, pois ele não finge. O amor que deverás sente, ele sente. Ela sabe, mas ele fica na defensiva. Pois a arte está em amar o que não foi tocado, ainda. Está em contarolar pra todos que ela, é Ela. A sublime pureza do sentimento mais nobre que habita nas suas entranhas. O trovador não cansa. O trovador é forte, ele tem tudo para sobreviver enquanto sua amada poder respirar pela manhã e trazer consigo aquele sorriso de primavera celestial. Cabelos ao vento e lábios de mel, pele da suavidade das Índas e cheiro do Olimpo. O trovador nada mais é que uma fonte eterna de amor, aquele que ela sabe,
que se tudo der errado ela ainda terá o seu amor, pra sempre e sempre. O trovador apesar dos pesares, só reza
para que tamanha donzela não seja tão teimosa assim para esperar séculos para correr para seus braços também.
O amor de um trovador é a cura dos males, o remédio dos deuses, o unicórnio dos sentimentos...
O amor de um trovador é tudo que você precisa!
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Tempo tempo tempo
espaço-tempo
de nós e tranças
de mim e você.
Já fomos,
na troca de olhar
o casal perfeito
o big bang do amor.
Já somos,
os únicos,
na plenitude do vácuo
fazer respeito e desejo.
Levo comigo
toda matéria feita.
Tenho tudo pra viver
de tudo em mim e de tudo em você.
Das galáxias que vi
conheci estrelas
e provoquei supernovas
que são poeira comparadas ao seu sorriso.
Da minha nave
já não faço questão.
A minha viagem agora é contigo
daqui até a posteridade.
espaço-tempo
de nós e tranças
de mim e você.
Já fomos,
na troca de olhar
o casal perfeito
o big bang do amor.
Já somos,
os únicos,
na plenitude do vácuo
fazer respeito e desejo.
Levo comigo
toda matéria feita.
Tenho tudo pra viver
de tudo em mim e de tudo em você.
Das galáxias que vi
conheci estrelas
e provoquei supernovas
que são poeira comparadas ao seu sorriso.
Da minha nave
já não faço questão.
A minha viagem agora é contigo
daqui até a posteridade.
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Devaneios e labirintos
Dizem que é engraçado,
cinema para disfarçar.
Tentei sorrir
e me desesperei.
Como poderia,
eu,
levantar e correr
se você não amarrou os sapatos?
Penso!
Alguns não querem.
É mais fácil.
A gravidade está aí!
Quero você.
Você, eu sei.
Pena que hoje não dá,
o violão está sem nota.
cinema para disfarçar.
Tentei sorrir
e me desesperei.
Como poderia,
eu,
levantar e correr
se você não amarrou os sapatos?
Penso!
Alguns não querem.
É mais fácil.
A gravidade está aí!
Quero você.
Você, eu sei.
Pena que hoje não dá,
o violão está sem nota.
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Foi puramente puro
de simplicidade simples
e harmonia harmoniosa.
Presente, passado e futuro.
Não era noite
mas o dia já tinha ido.
Não foi lágrima
nem drama.
Eu precisei de pouco.
Foi só o detalhe
e no seu sorriso
eu namorei.
Foi um carnaval,
nesse doce outubro.
Daqueles que o sentimento
só quer saber de sentir.
E dos meus sonhos, já,
fiz sua casa.
E do meu desejo, ardente,
quero nos eternizar.
de simplicidade simples
e harmonia harmoniosa.
Presente, passado e futuro.
Não era noite
mas o dia já tinha ido.
Não foi lágrima
nem drama.
Eu precisei de pouco.
Foi só o detalhe
e no seu sorriso
eu namorei.
Foi um carnaval,
nesse doce outubro.
Daqueles que o sentimento
só quer saber de sentir.
E dos meus sonhos, já,
fiz sua casa.
E do meu desejo, ardente,
quero nos eternizar.
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