sábado, 19 de julho de 2008

Ela bate e se prende.
Faz buraco e até se espalha.
Bate ali e em tudo.
Vem de não sei onde...

O presente combate o passado
e o futuro dança com os dois.
A distância!
É um eterno perde e ganha.

E sem música o salão luta
sem esperança e sem razão.
O dj toca a festa
e o funeral segue na rua do fundo.

O dragão que antes voava
hoje derrama sua cólera.
O poeta que antes se ouvia
hoje poetisa.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Versos soltos por aí
e um delírio preso aqui.
Uma vontade louca de estar aí
um homem te esperando aqui.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

E o vento que antes voava hoje não move nenhuma outra folha.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Um brinde à vitória.
Dois brindes ao mistério
e um viva para aqueles que acreditam no que ouvem.

domingo, 15 de junho de 2008

Não confunda amor com dor de amar.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

O vendo frio que passa
da sala para o quarto
arrepia os pés da cadeira
e combate a lã.

O tempo que cessa
a maneira estática do calo
que trabalha a madeira
sobrevivente daquele Vietnã.

E então o rugido estrala
a fúria renascida
daquele sentido
antes sem sentimento.

o castelo se abre e salva
o servo quase sem vida
da luta contra o frio
e do seu desmerecimento.

sábado, 17 de maio de 2008

Um poeta com palavras metrificadas - literalmente.
Ser "livre" é mesmo muito complicado.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

a sinceridade é o pesadelo do sonho.

sexta-feira, 21 de março de 2008

Quando a chuva cai e você não percebe que a luz se cansou por um instante e que a água que agora lhe corre o rosto serve para mostrar que a morte é apenas um pequeno, porém eterno, causo atrapalhado da vida, tome cuidado! Isso é o que acontece quando a gente pensa em demasia sobre ações. Resguardado pelos grandes romancistas do passado, é claro que o ato de pensar é incrível, porém pensar pra agir quando se trata de sentir é um tremendo erro. Apesar da tremenda recorrência de tal assunto, o que vale algumas vezes é o clichê, que por isso mesmo é chiclê, ora raios! Pensar e agir. Não parece mas é um tremendo impasse na nossa vida. Na minha é! Antes de tentar escrever alguma coisa aqui pensei se deveria escrever ou se deveria, realmente, vir e escrever. Acho que pode-se percerber algo já. Enfim, perdendo um pouco o caminho na escrita, parece que o que vale realmente na vida, aquilo que vai nos marcar e fazer contar histórias num futuro cheio de sonhos é alimentar a equação do que é feito sem pensar é o que vai nos fazer felizes. Fazer sem pensar é perigoso. Não é tirar o conteúdo encefálico da cabeça e sair por ai fazendo besteiras. Mas parece que fazer o que se sente é o melhor a ser feito. O preço pode ser alto mais pra frente, é claro! Muitas vezes é preciso pensar, sim. Mas aí entramos novamente no impasse de fazer ou não. Pelo visto se arrepender por ter feito ainda sim é melhor do que por não ter feito. O que deve ficar é que deve-se arrepender por ter tentando e não por ter "desistido". Embora o melhor mesmo é não se arrepender. Isso parece uma coisa para os fracos, não sei, talvez opinião forte demais para um assunto nem tão debatido. "Arrepender"? Não, não e não! Não existe arrependimento. Existe uma péssima avaliação sobre a situação. Se olharmos com um ar maldoso pensaremos que foi errado, mas se tentarmos olhar sobre qualquer outro ponto de vista positivo, o mínimo que teremos de conclusão é que serviu para algum aprendizado, seja lá qual for. O caminho para a sabedoria está em saber, sob todos os lados, todas as situações possíveis. Viver só pelo "certo" é muito mais triste do que perigoso. O certo é bom. Mas ter parâmetro só de um lado é complicado, levando em conta todas as possíveis interpretações de todos sobre "certo & errado". Uma vida só de acertos não é propriamente uma vida certa. Precisamos errar para saber acertar. Precisamos agir sem pensar para saber a sensação e devemor pensar antes de agir em alguns momentos também. Viver parece complicado mesmo, não é? Não! Não é. Equilíbrio? Talvez seja isso, apesar de que isso remete a "metade, meio termo". Não creio que seja por aí. O meio-a-meio não deve ser a "medida perfeita" para todos mas para todos a vida deve ser mais do que uma "meia-vida". Viva por viver, mas viva. O errado é deixar a vida de lado. A vida,sim, só de ser vivida já é algo um tanto quanto certo.

quarta-feira, 12 de março de 2008

e até o menor sinal de luz brilha no escuro.

terça-feira, 11 de março de 2008

pro inferno com todo o respeito.

é válido?
obrigado!

segunda-feira, 10 de março de 2008

e a tempestade se tornou brisa
e aconteceu aquilo que não se queria.
tudo que o poeta tem agora é a maldita calmaria.

segunda-feira, 3 de março de 2008

e quando sobra um copo vazio, um lugar ausente e uma fala calada?

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

tempo tempo tempo passa tempo passa passa tempo.
cuidado pra não se perder.
uma vez quando se vai...

assim como eu.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

correnteza, fria correnteza.

areia movediça implacável.
chega de blah blah blah.


e é só...

sábado, 2 de fevereiro de 2008

vamos nessa! vamos que tem samba, tem festa.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

e eu vou me tornando um tatu de mim mesmo.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

nem todo reino é reinado por prosperidade.
O sol escorre pelo canto bem de leve. A sombra toma conta. Toma conta dele. A luminosidade que entra em todos, nele desvia-se. Ela sente que ali não pode fazer seu papel. Enquanto isso Denis vai caminhando como se não notasse esses acontecimentos externos, pois o que acontece dentro si parece inerte. Dentro de si a sombra dita o ritmo de seu humor. Levado por pensamentos vivos, ele finge muito bem que entende o que acontece. Esse fingimento engana a muitos, mas engana mais ainda quem acha que não é enganado. Isso deixa-o feliz, por leves momentos. Não que ele seja triste mas adora pessoas que se enganam por serem tão "sábias". O ritmo não segue a música. Que música é essa? Uma mistura de samba com marcha fúnebre? Uma alegria que chora de angústia. Um silêncio que berra por clemência. Um som solto no vácuo.

A vida segue. Os carros passam velozes, as pessoas esbarram uma nas outras e a poluição desfila toda orgulhosa. O dia está lindo, apesar de tudo. Denis está solto, leve, voando em seus pensamentos. Uma coisa sem explicação, também. Não pensa no que está pensando. Foi levado a isso. E agora pensa. Pensa! Delira e explode em emoções sem controle. O sol queima seu corpo. Ou queima seu peito? Essa ficção é real? A história que passa em sua cabeça veio de algum lugar, a não ser de sua própria imaginação? Denis parece não se importar, agora, muito com isso. Apenas pensa nesses pensamentos que vivem por si sós. Sabe que qualquer semelhança, pode ser, mera coincidência.

sábado, 26 de janeiro de 2008

oh fim triste de um triste começo!
será meu senhor?
que coisa é essa que faz assim,
achando que assim é a coisa certa?

fruto novo de árvore velha
morto de nascimento
esquecido de lembrar
lembranças esquecidas.

que morte profana
essa que vive no samba
sem cá nem razão
vivendo de emoção.

oh meu deus!

não é a coisa certa,
mas não perdi a cabeça
por que acho então
que minha sorte é ser poeta?

poeta, poeta, poeta
quem me dera fosse
um lírio de pétala aberta
além de um futuro voando pela janela.

sangro, grito e berro
minto, finjo chorando.
não sou o que vejo
nem o que escondo.

eu só queria que fosse
um galho torto lá no alto
sem ninguém pra notar
o momento inexistente de aflorar.

o sapo pula
e o cachorro baba.
os meninos batem bola
e as meninas cuidam de seus sapatinhos.
uns vivem tanto
outros nada.
eu amo
ela não.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

nem sempre poeta e poesia dizem a mesma coisa.
oh meu deus tenha dó dos livros.
tenha dó do livro novo
que se sente estranho em meio aos empoeirados.
mas tenha dó de seu dono que não pode lê-lo.

meu santo deus tenha dó da biblioteca
que sempre movimentada, mas triste e calada na hora do sono.
mas tenha dó ainda de seu dono
que mesmo dono, és escravo deles.

tenha dó dos livros de uma edição
que sozinhos contam uma história isolada
mas tenha mais dó ainda de seu dono
que sozinho, não é história alguma.

oh meu deus, santo deus, tenha dó
das pessoas que passam os olhos pelas páginas e não lêem
mas tenha tremenda dó do dono da biblioteca
que tudo lê e não é lido.

oh deus tenha dó
das histórias que tem já tem um final e não são
escritas com uma página em branco pela frente cheias de surpresa
e, meu deus, se ainda sobrar-lhe dó
me dê um final feliz.