sábado, 28 de agosto de 2010

No fechar das cortinas...

Mas é isso aí. Acontece, acontece e acontece. Porém alguém tem que fazer. Não adianta nada ficar com tom de maldade e querer fazer igual. Não é por aí. Sempre tem alguém pra levar as pedradas e as decepções. Mas na hora da morte, quando você faltar...
não depois de um dia, uma semana ou até meses. Será daqui até anos, se brincar. Aí sim, sentirão sua falta. Quando a fita adesiva perder sua cola e não mais tapar o buraco. Não é praga nem mesmo desejo. Não somos assim como eles, que não dão valor aos detalhes. Infelizmente para um circo fazer sucesso precisamos dos palhaços, que fazem de suas tristezas à alegria daqueles que não cansam de gar gargalhadas. Mas alguém aí já se perguntou se um palhaço é realmente feliz? Existe agonia maior do que fazer os outros rirem mesmo quando seu coração está em pedaços? Alguém aí consegue notar isso e dar um abraço naquele que precisa pintar sua cara todos os dias pra esconder as rachaduras que esta vida não cansa de abrir? O quanto é difícil se fazer de outro pra ganhar um mínimo de atenção e algumas palmas. Ao ser você mesmo, ser ignorado por todos! Ser reconhecido somente nos momentos de egoísmo. Isso mesmo! Momentos de egoísmo dos outros, da platéia que só o salva com palmas quando conseguem rir, pois quando o palhaço não os faz rir, somente ouve críticas... ouve críticas naquilo que ninguém está disposto a fazer. Um homem assim deveria ser mais respeitado, ter os devidos créditos e um sorriso de verdade após o espetáculo. Não sabem como um mísero sorriso pode salvar vidas. Eu só preciso de um sorriso. Eu só preciso que sejam pessoas, como já foram há tempos... quando ainda mal sabiam o que era sociedade. Não deixem que o palhaço de vocês morram. Podem acreditar, um circo não sobreviverá sem ele. O circo de vocês não sobreviverá...

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