quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Eu montei um exército
e dei o meu melhor.
Fiz discurso pro povo
e honrei seu nome.

Fiz juras eternas
e do seu lenço
fiz meu escudo
e minha razão.

Dos teus braços
fiz minha casa
e do teu cheiro
minha energia.

Corri como nunca
sem perder a linha do horizonte,
o azul da esperança
e o sangue da paixão.

Empolguei com elas,
as notícias que chegaram
lá dos outros cantos
do sul dos campos.

E por isso
lutei sozinho
como se fosse cem
bárbaros nômades.

Por você
cravei no peito a esperança
de fazer desta terra
um lugar mais justo.

Jurara pra mim
que faria tudo possível
mas nem meu exército
nem minha coragem
tão pouco meus inimigos
fora você
a quem entregara o peito
o coração
o motivo
a razão
que me apunhalara
pelas costas
só por ousar
ousar amar
amar você.

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