domingo, 26 de dezembro de 2010

Eu preciso de avanço.
Preciso que inventem logo.
Os segundos dançam no tempo
e eu fico angustiado.

As vezes fico repetitivo.
Nem sempre acho o caminho.
São trilhos curvos, meu bem.
Nem sempre veremos só luz.

No meio das trevas,
seremos testados.
E em meio as dúvidas
temos que permanecer abraçados.

Uma vez ouvi num filme:
Corra, corra!
Seguindo em frente,
que fique o passado e os medos.

Venha e me observe.
Abro os laços, o peito.
Seguro sua mão e pulo.
Só sei assim,
viver esse amor perfeito.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Sufoco

Meus dedos coçam.
Meus pensamentos fervem.
Meu corpo apela
e eu lhe desejo.

Desejo com desejo.
Desejo você.
Desejo desejar você.
Desejo você desejando este desejo.

Você passou por cima,
tirou a poeira
e poliu alguns arranhões.
Você é forte!

Dos meus altos
vejo lá longe.
Imagino a frente
mas você está do lado.

O meu lado...

Sei que está aqui.
Agora, eu posso sorrir.
Como menino desbravador, digo:
Eu gosto de você!

O meu eu pra você

Por onde andei hoje?
São caminhos da eternidade
traçados pelos monges
e desenhados pelas fadas.

Pedras, de rocha pura.
Segredos, absolutos.
Palavras, sentimentais.
Sonhos, sonhos?

Por onde andei hoje?
São histórias já contadas,
outras já vividas
mas nenhuma tão amada.

E em meio a esse caminho
cheio de pedra e segredos
sonho que você, se leia,
aqui nessas palavras.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

O Primeiro Beijo

O cenário foi o ideal,
cintilante em tom de mel.
Intensa na verdadeira razão,
singela em face do adiante.

Levei para ela umas histórias
e uns risos meio nervosos também.
Tinha um pouco de suor na mão
e um tremelique na perna direita.

No começo, o fato!
O Oi dela, é mesmo diferente.
E sua beleza,
ainda não encontrei defenição além de perfeita!

O caminhar dela é harmonioso.
Em passos, andou ao meu lado!
E em conversas e gargalhadas
fez-se real, e no seu cheiro vou dormir.

Também, escolhi uma única.
Dei pra ela minha melhor música.
Em mim, tentei ser, apenas.
E ele fez o resto...

Eu sabia, ele tinha voltado.
Bateu forte, bateu com vontade pura.
Nela, eu senti.
Nela, eu vivi.
Nela eu amei como nunca.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

1º passo de apresentação

Como você é exibido, ham?
Deixei você por aí,
meio de lado, esquecido
e agora não espera o amanhã!

Mas, tudo bem!
Seja bem vindo, meu caro!
Senti a sua falta,
já era hora de se estar apaixonado.

E vejo também que trouxe mais sapatos.
Não sabes andar sozinho, não é?
Dança com os loucos
e brinda com os corajosos.

Mas, tudo bem!
Seja bem vindo, meu amigo!
Senti a sua falta,
e o seu doce amor de amar um amor amado.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Pedaços e estilhaços

Foi um rastro.
Uma minúcia, do meu lado.
E do efeito borboleta
era tudo ao seu coração despedaçado.

Um cego egoísta
com vontade do contrário.
Errante com roupas velhas
vestindo o passado na hora errada!

Julgo-me todos os dias
e sou o meu pior juiz.
Culpo-me, culpado!
Preso e devastado.

O caminho de casa é longo,
passo por mim toda vez.
Tento me perder
mas a loucura desconhece o perdão.

O presente era o futuro,
e eu havia achado o perdido.
Fui um tolo da modernidade
e aquilo que nunca quis ser.

Agora o meu castelo é carta marcada
e o meu destino está encurralado.
Dentro de mim agora,
a menina dos meus olhos morre afogada.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Saudosa maravilhosa

Cheguei de maneira calma
e abri suave.
Foi tão lento
que fiquei mais velho.

Dois tapas com a canhota
e consegui instalar-me.
Óculos escuros
e um azul no horizonte.

Brisa me acariciando
e gente de tudo quanto é cor
pra lá e pra cá
caminhando e correndo.

Gargalhada pra todo canto
e alegria sem fim.
Picolés que refrescam a garatoda;
e loira gelada pra rapaziada.

Saudades desse tempo
onde gente era a gente.
E multidão era
festa, não arrastão.

Hoje os metais tem vida,
são blindados e nos perfuram.
Hoje não temos mais liberdade,
os metais tomaram conta da cidade.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Um doce
que saiu suave
contornando o ar
e vibrando em harmonia.

Um encontro já encontrado
um prazer já sentido
olhares já trocados
e abraços já cruzados.

É fiel ao que sente
e tem assim minha admiração.
Sinto inveja rústica
de quem vê por entre os fatos.

Numa brincadeira moderna
diz-se-que-me-diz
sinto passar pelos dedos, seus,
só por exibicionismo, a história.

Como trovador que sou
sofro junto, com ela.
Não acorde ninguém dos sonhos
se não for também para se encantar.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Mistérios e suspense

Dessa vez eu cavo
e cavo até o mais eu.
O mais profundo eu
pra ver se consigo o abstrato.

Fica claro o meu eu
pra você, sua espiã.
Finjo em rimas
os meus desejos nos seus.

Seca esses versos
e me deixa nu, você sabe.
Em sentimentos ainda brutos
enxega o que protejo.

Penso, penso e penso bastante
só pra impressioná-la
e ouvir tudo que preciso,
sem você profeir sequer uma palavra.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Papo furado

Não jogue daqui
com as cartas abaixadas,
os jogos de lá
são com cartas marcadas.

Os jogadores aqui
prezam pelo jogo.
Os jogadores de lá
jogam com o jogo.

De criação distinta,
temos pais semelhantes.
E nossas crenças
se confudem pelos séculos.

Mas não me venha afirmar
que o nosso jeito de amar
é igual daqueles que do mar
ficaram com medo de atrevessar.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Amiga minha,

Não fique assustada,
e nem fique com medo.
Estenda-me a sua mão
e conto a você todos os meus segredos.
E quando acelera,
cria expectativa
e o ritmo
é de teimosia?

Quando o curvo
se entorna
e quando a reta
me leva a você?

De tamanha maestria
se e somente se
ao ápice
da camuflagem.

Poderia entregar
e dizer logo
mas eu prefiro confundir
e você me pedir certeza.

Não sei se essa água
molha.
Nem se esse calor
queima.
Mas esse amor,
ah, esse ama!

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

A rotina faz parte.
Agora ela vive em mim,
de maneira disfarçada
só pra aparecer nos meus textos.

Mas eu também sou.
Herói de guerra, sobrevivi.
Sei como cortar atalhos
e esconder verdades.

Nestas linhas agora
vou cravar o que sei.
De modo certo
em pretérito-perfeito.

E você vai lembrar
segurando soluços,
a beira de se matar
que ninguém amou você como eu amei.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Donzela prateada

Hoje foi um daqueles dias
lembra-se deles?
Aqueles de maio,
frios e nublados.

Com cara de poucos amigos
e tons esquecidos.
De saudosa tristeza,
fiel e apaixonada.

Aqueles dias de lágrimas
em meio a cama aberta.
De cantos sujos
e poeiras e traças.

De simplicidade longínqua
ela me fita.
Está ali, a me espiar
com olhos brilhantes, mas sozinha.

Não ousa abrir a boca,
assim como eu.
Busca ser percebida
de maneira discreta.

Prefere ser iniciada,
ser desejada e ser amada.
É, nesta noite somos só você e eu,
minha cara.

Vou abrir a janela um pouco mais
e convidá-la cordialmente.
Sinta-se a vontade, sinta-se da família,
o vazio hoje é por conta da casa.

domingo, 24 de outubro de 2010

Eu faço por tudo
e todas as palavras.
As que conheço,
as que invento e as suas.

Carrego por aí um sorriso
meio amarelo, meio forçado.
Cheio de dor e cicatrizes
numa solidão angustiada.

Pareço um da corte
e um louco desesperado.
Qualquer símbolo de verde
já penso em primavera.

Entre todos os abismos
este que você me empurrou
é o mais profundo
e escuro dos infernos que vivi.

Quem olha não vê,
quem se importa, mente.
Quem sabe, nega
e quem nega, me mata!

Não quero que pense,
só sentir já basta.
Sentir-me, no seu peito
é o que me salva, me faz viver.

Preciso do tempo presente
e do romance entorpecer.
Desses que ultrapassam livros e poemas,
e que fazem você não viver sem mim,
assim como não vivo sem você.
A sina é intepestiva
silenciosa e sádica.
Anda pelos becos
com a mão no meu peito.

No meu peito,
ela inferniza.
Provoca meus demônios
e alimenta-os com doçura duvidosa.

Das noites que vivi(emos),
só tenho a saudade.
Aqui guardada e protegida
me consumindo pelos amigos de prosa.

Destas músicas que ouço
sinto pena.
Pena de mim mesmo
que assim como elas, você desliga quando cansa.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

É como a história do círculo,
você conhece, lembra?
É findo,
e vai repetir-se.

Mas grandes histórias,
fatos e o para sempre
precisam de borracha,
vontade e alguém pra narrar.

De sorte, tenho muito.
Acertei, com você.
Erro, agora.
Ao deixá-la tão longe de mim.

Mas como nos textos
isso é apenas uma vírgula.
O nosso ponto final
é um sinal pra pular a linha.

Quão prazeroso foi.
Já dizia há tempos
o seu Oi é diferente,
é intenso, é meu, é pra mim.

Imagino que fica também,
assim, meio temerosa.
É amor de trovador,
são 100 dragões em cólera.

Nesse ato, o terceiro
não tivemos tanto drama.
O suspense passou rápido
e fechamos com promessas shakespearianas.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Começamos de maneira tradicional.
Comigo, primeiro.
Depois o social,
e por seguinte o charme.

Que doce e misterioso.
Intrigante, e confesso,
pareceu um jogo.
Algo do diz-que-me-diz.

Por minutos e séculos
foi indo, e vindo.
E por ora
estava feito, por enquanto.

Foi intenso
e quase perdi o ar.
Bons frutos e uma satisfação.
Que honra...

Fechado, o primeiro ato,
com palmas.
Fora do espetáculo,
o de sempre.

O dia foi bom,
a bilheteria agradece.
O diretor foi embora
e aqui no palco ficou esperança.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

A arte do trovadorismo

O trovador não é um lunático que ama sem razão. Talvez seja pra'queles que não entendem de tal arte.
Não podemos nunca julgar aqui por simplesmente achar que é fora do padrão, pois é isso que o trovador é.
O trovador chega a amar tanto que causa dúvida até mesmo de sua senhora. O trovador é um homem paciente,
pois na arte da paixão ele não se joga ao chão, na frente dela, é claro. O trovador ama, primeiro, em círculos.
Brada pra quem quiser ouvir que a ama tanto que os pulmões parecem explodir. O trovador pode ser taxado de tímido, talvez.
Mas a questão é que ele não diz diretamente pra sua amada quem ela é, apesar de que todos sabem quem é. É uma arte
dizer que a ama sem dizer seu nome. Ela reconhece esse amor a milhas de distância pois sabe que nunca recebera
desejo tão imenso de outro. Ela sabe que este homem é capaz de tudo por ela, mas ela finge. Ela também faz a sua arte,
a arte de deixá-lo maluco na espera de um sinal seu. O trovador ama calado, no silêncio da dor e da angústia sem poder
escrever em letras claras o seu nome. Não é fácil para o trovador renascer todo dia com esse amor e não poder
despejar na boca de sua amada. Não é fácil ver que as vezes ela se perde, e que ele também se perde, em tantos devaneios.
O trovador é uma espécie que ama, sempre. Não importa o que sua senhora faça, ele sempre terá amor por ela. Cantará sempre.
E esperará, até a morte se preciso, para que ela realmente saiba quem é. Para o trovador não existe prêmio maior quando
o seu amor é reconhecido. Não é charme nem esperança demais. O trovador só espera que sua dama diga "venha!" ou então que olhe pra ele com a doçura ímpar, pois ele está de guarda pronta para levar o mundo para ela. O trovador só espera que ela também reconheça, pois ele não finge. O amor que deverás sente, ele sente. Ela sabe, mas ele fica na defensiva. Pois a arte está em amar o que não foi tocado, ainda. Está em contarolar pra todos que ela, é Ela. A sublime pureza do sentimento mais nobre que habita nas suas entranhas. O trovador não cansa. O trovador é forte, ele tem tudo para sobreviver enquanto sua amada poder respirar pela manhã e trazer consigo aquele sorriso de primavera celestial. Cabelos ao vento e lábios de mel, pele da suavidade das Índas e cheiro do Olimpo. O trovador nada mais é que uma fonte eterna de amor, aquele que ela sabe,
que se tudo der errado ela ainda terá o seu amor, pra sempre e sempre. O trovador apesar dos pesares, só reza
para que tamanha donzela não seja tão teimosa assim para esperar séculos para correr para seus braços também.
O amor de um trovador é a cura dos males, o remédio dos deuses, o unicórnio dos sentimentos...
O amor de um trovador é tudo que você precisa!

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Tempo tempo tempo
espaço-tempo
de nós e tranças
de mim e você.

Já fomos,
na troca de olhar
o casal perfeito
o big bang do amor.

Já somos,
os únicos,
na plenitude do vácuo
fazer respeito e desejo.

Levo comigo
toda matéria feita.
Tenho tudo pra viver
de tudo em mim e de tudo em você.

Das galáxias que vi
conheci estrelas
e provoquei supernovas
que são poeira comparadas ao seu sorriso.

Da minha nave
já não faço questão.
A minha viagem agora é contigo
daqui até a posteridade.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Devaneios e labirintos

Dizem que é engraçado,
cinema para disfarçar.
Tentei sorrir
e me desesperei.

Como poderia,
eu,
levantar e correr
se você não amarrou os sapatos?

Penso!
Alguns não querem.
É mais fácil.
A gravidade está aí!

Quero você.
Você, eu sei.
Pena que hoje não dá,
o violão está sem nota.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Foi puramente puro
de simplicidade simples
e harmonia harmoniosa.
Presente, passado e futuro.

Não era noite
mas o dia já tinha ido.
Não foi lágrima
nem drama.

Eu precisei de pouco.
Foi só o detalhe
e no seu sorriso
eu namorei.

Foi um carnaval,
nesse doce outubro.
Daqueles que o sentimento
só quer saber de sentir.

E dos meus sonhos, já,
fiz sua casa.
E do meu desejo, ardente,
quero nos eternizar.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

E eu senti
do seu lado
a chama no peito
que o amor havia recomeçado.

Sem olhar
você se comportou.
Eu me perdi na grama
com o amor que se lançou.

Fiquei eufórico
e versos brotaram de mim.
Dancei com seus dedos
e minha imaginação trabalhou sem fim.

Do passado
aprendemos muito.
Do futuro
viveremos juntos.

É hora da primavera,
é agora!
Vou te proteger
se aceitar ser minha senhora.

Serei seu cavaleiro,
seu chão e seu calor,
seu vocativo e seu abrigo.
Serei tudo que sei.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Eu montei um exército
e dei o meu melhor.
Fiz discurso pro povo
e honrei seu nome.

Fiz juras eternas
e do seu lenço
fiz meu escudo
e minha razão.

Dos teus braços
fiz minha casa
e do teu cheiro
minha energia.

Corri como nunca
sem perder a linha do horizonte,
o azul da esperança
e o sangue da paixão.

Empolguei com elas,
as notícias que chegaram
lá dos outros cantos
do sul dos campos.

E por isso
lutei sozinho
como se fosse cem
bárbaros nômades.

Por você
cravei no peito a esperança
de fazer desta terra
um lugar mais justo.

Jurara pra mim
que faria tudo possível
mas nem meu exército
nem minha coragem
tão pouco meus inimigos
fora você
a quem entregara o peito
o coração
o motivo
a razão
que me apunhalara
pelas costas
só por ousar
ousar amar
amar você.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

As águas ainda não cairam
mesmo com tanta dança.
Creio que só exista, agora
calos e suor.

Parece que cansaram
e não aguentam mais
rodar e rodar
cirandar e cirandar.

Igual o nobre guerreiro
que arrisca nos versos
de tanto atirar
já nem sabe mais o que é o alvo.

E de tempos em guerra
já não volta pra casa
não sabe o nome do filho
e nem imagina a cor da cozinha.

De tempos em tempos
a vida nos prega adversidades
e de tempos em tempos
você acaba com minhas vontades.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Umas horas se passaram
e o dia foi mais longo.
Já não aguentava mais
pra assinar meu ponto.

Tudo isso é chama
razão e loucura
leveza e exatidão
filme e partitura.

Presente ativo
força divina
luzes misteriosas
atenção que cativa.

Tudo é certo
e agora sou completo.
Amo e transpiro
pra construir o nosso eterno.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Das palavras mais feias
eu conheço algumas
tanto de sentido
como de causa.

Das horas que pensei
dos dias que perdi
não acho justo
perder a última mão.

Do medo que cultivei
fui muito do que falava.
Do que falava pra você,
e eu? Eu fiz.

Você pode até estranhar,
minha querida,
mas o meu cosmo é assim:
queima para amar sua história.

De outros tempos
eu fui apenas eu mesmo.
E não quero ter pegado estrada errada
porque eu morreria
se te perdesse de novo.

Não venho com as melhores
rimas que já fiz
mas meu peito é aberto
e sincero eu me torno seu.

Espero que me entenda
e deixe o medo de atacar
pois como era antes
ainda podemos deixar o telefone tocar.
E como quem doma
o leão no circo
ela pegou o chicote
e faz o mesmo com meu coração.

Uns passos para trás
e uns dentes afiados.
Na espera do bote
ela me fez de enfeitiçado.

Da saudade antiga
o fogo ardeu
e da esperança amiga
meu destino se rendeu.

E da prosa
e grande espera
alcancei uma felicidade plena
simplesmente com nossa conversa.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

O que fazer
quando suas armas não atiram mais
e o seu falar
simplesmente se cala?

Eu não sei explicar,
só consigo sentir.
Me amedronto sozinho
com medo da sua reprovação.

Não canso de sonhar
de toda vez que respiro,
de imaginar
aos seus lábios tocar.

Quero a simplicidade das coisas
e correr sem limites.
Quero o seu amor, mulher
e feliz pra sempre viver.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

E é outro dia
e os meus pensamentos
foram iguais
a tudo que já sentia.

Acordei eufórico
e com esperança plena
de querer
querendo amor notório.

Aguardei no calar da teimosia,
o rasgar das unhas.
Mostrei o nervosismo
daquele que tudo sentia.

Dos critérios que vivo
detalho na minha emoção
o andar da carruagem,
e no silêncio da timidez
um poeta sem o seu coração.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Entre todos os campos e rios, das mais valiosas criaturas da natureza, dos mais profundos devaneios, dos sonhos que tive, aquele que você me aparece com seu vestidinho amarelo e sorriso solar, que apesar dos olhos fechados foi o dia em que eu mais vivi feliz nessa vida de tantos amores. O gosto do seu beijo está perpetuado na minha alma apaixonada, e dos seus amores sou eternamente grato por cravar seu nome no mais singelo sentimento que consigo efervecer como ser humano. Desse meu sonho, posso continuar a perder a sanidade, pois o universo já é findo, donde eu tenho agora no meu escudo, a sua proteção e deste peito bravio, tenho agora lapidado amor no coração. E de você sempre serei, não importa aonde vá ou quão conflitante situação possa ser. O calor que espero em você é tão forte quanto o que cem dragões podem fazer. Oh, minha cara, eu só quero viver; eu só preciso de você.
Nâo importa o quanto eu seja
veja
pense
e cresça.

Há verdades na vida
que são absolutas
duras
e cruéis.

Momentos que são segundos
eternos
carinhosos
e líricos.

E existem casais
como nós,
únicos, pares
um conjunto de dois
meramentes apaixonados.

domingo, 5 de setembro de 2010

Sempre te amei

Quando eu acordo assim,
eu já sei.
O universo também está feliz
e vai me seguir.

E já me abre os céus
e exala o seu mais belo azul
pois sabe que do arco-íris,
é minha cor predileta.

O clima está no ponto
pois acordo dos meus sonhos,
que são seus também,
com um brilho solar nos olhos.

Eu só quero que sinta
o que eu estou explodindo
pois os pássaros já estão fazendo a serenata
e as árvores trouxeram o buquê.

Eu sempre soube do meu passado
e imaginara o que fizera
e notara que o maior erro
foi não ter ficado ao seu lado.

Hoje não descobri nada
só vi com outros olhos
que de você eu só quero amor
e que seja, pra sempre, minha amada.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Acabaram os doces

Eu estou pedindo:
pare de bater.
Não aguento mais
o meu corpo não entender.

Te procuro nos amigos,
na caixa postal.
Abro meus vídeos
e não vejo as fotos.

Fui até na padaria
mas não fazem mais doces.
E o "Seu" Ubiratan
não está mais entre nós.

Das noites que perdi
e dos devaneios que tenho,
você não tem conhecimento
da dor que sente um homem com o meu arrependimento.

Do soluço que travei
e das lágrimas que seguro
sou um homem-morto:
só a pele e o osso.

Queria eu poder voar
e cair lá de cima num só movimento.
A morte seria rápida
e eu acabaria com toda esse tormento.

O triste fim?

Vi seus textos
e ouvi uma canção
e logo no meu peito
senti choros vindos do coração.

Do seu nome eu fui tudo
e do teu amor, dono.
Antes o que eu tinha
me deixava meio-termo.

Hoje, sem nada de você
sinto que já fui
algo do que não serei
amado novamente, sem amor que seduz.

Das letras que escrevi
e da música que ouvi.
Senti sua falta
e vontade de desistir.

Luto pra não cair
e rezo pra esquecer.
Mas o peito não cansa
de lembrar e se aquecer.

E eu não páro!
Tento evitar
e até me faço de bobo
mas por você, ainda sou louco.

Não aguento a inveja
tampouco a solidão.
Ele te ama e você também,
Eu sozinho não sou de mais ninguém.

Não sou homem de desfazer
e criticar o passado
tentar reviver,
mas sou apaixonado; quero morrer?

Suporto todos os dias
a consciência de te perder
quisera Deus
que você não fosse mais aparecer.

Rasgo noites e luas
em busca de alguém.
Cruzo dias e risos
pra dormir no meu além.

Espero que possa continuar
mesmo duvidando de mim
pois não imagino ninguém mais
capaz de me fazer apaixonar.

sábado, 28 de agosto de 2010

No fechar das cortinas...

Mas é isso aí. Acontece, acontece e acontece. Porém alguém tem que fazer. Não adianta nada ficar com tom de maldade e querer fazer igual. Não é por aí. Sempre tem alguém pra levar as pedradas e as decepções. Mas na hora da morte, quando você faltar...
não depois de um dia, uma semana ou até meses. Será daqui até anos, se brincar. Aí sim, sentirão sua falta. Quando a fita adesiva perder sua cola e não mais tapar o buraco. Não é praga nem mesmo desejo. Não somos assim como eles, que não dão valor aos detalhes. Infelizmente para um circo fazer sucesso precisamos dos palhaços, que fazem de suas tristezas à alegria daqueles que não cansam de gar gargalhadas. Mas alguém aí já se perguntou se um palhaço é realmente feliz? Existe agonia maior do que fazer os outros rirem mesmo quando seu coração está em pedaços? Alguém aí consegue notar isso e dar um abraço naquele que precisa pintar sua cara todos os dias pra esconder as rachaduras que esta vida não cansa de abrir? O quanto é difícil se fazer de outro pra ganhar um mínimo de atenção e algumas palmas. Ao ser você mesmo, ser ignorado por todos! Ser reconhecido somente nos momentos de egoísmo. Isso mesmo! Momentos de egoísmo dos outros, da platéia que só o salva com palmas quando conseguem rir, pois quando o palhaço não os faz rir, somente ouve críticas... ouve críticas naquilo que ninguém está disposto a fazer. Um homem assim deveria ser mais respeitado, ter os devidos créditos e um sorriso de verdade após o espetáculo. Não sabem como um mísero sorriso pode salvar vidas. Eu só preciso de um sorriso. Eu só preciso que sejam pessoas, como já foram há tempos... quando ainda mal sabiam o que era sociedade. Não deixem que o palhaço de vocês morram. Podem acreditar, um circo não sobreviverá sem ele. O circo de vocês não sobreviverá...
O mundo conspira
ninguém nota
e você tenta
e não se cansa.

Eu queria ser como eles
leviano no peito
e maldade na face
com dose de fingimento.

Como podem dar valor
as coisas
e esquecer da amizade
o que dá razão a isso?

Não consigo perceber
o que tem de especial
nos colegas e nos segundos
quando os amigos são para o eterno.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Hoje foi um lindo dia de praia
sol pra todo mundo
e ninguém brigando por calor
nem pelo dourado que caia.

O azul descia
e se refrescava
e o amarelo ficava pálido
ao tocar o chão.

Espetados na areia
círculos formavam um arco-íris
e deitados
os humanos formavam ondas.

Eu não estava ali
na liberdade dos outros
fiquei do outro lado da rua
esperando meu amor passar.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Enfrento as lutas do mundo
e os risos alheios.
Enfrento o seu medo
e até mesmo meu orgulho.

Faço careta pra você rir
e digo oi quando quer o adeus.
Escolho um par de ingressos
e você diz que o ímpar é seu.

Ontem fez falta o seu peito
do calor que amei
e da tranquilidade que vivi,
dos tempos em que sonhei.

Hoje o buraco não é negro
apesar de grande
o que faço pra ter
de novo seus beijos apaixonantes?

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Foi meio assim
do lado direito da rua
com a janela semi-aberta
iluminado pela lua.

De uns instantes que piscou
a tela da emoção.
Não pude conter, confesso
a alegria que brotara em mim.

Foi como uma ciranda,
um picolé no domingo;
foi como ver a Rosinha
e seu vestido vermelho e amarelo.

Imaginei a onda beijando a praia
e o carinho feito nos graõs de areia.
Uma festa nos céus
e não sabia quem era nuvem ou ave.

Eu senti essa alegria
talvez pura, ou só ela mesmo.
E até agora não tiro o sorriso de mim
não sei se por felicidade ou amor.

Meu sono é mais calmo
e seu calor é meu.
Os meus tormentos se foram
e o cinza reflete ao sol.

E nâo há como descrever
da minha manhã azulada
da minha melodia suave
e do meu gaguejar apaixonado.

Do meu repertório
já não crio mais nada.
Tentei copiar dos mestres
mas nem eles amam tanto assim.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

A nossa história tinha nem bem começado
e você já se dispôs a me deixar
para, sozinho, nos amar
e nem se importou em me avisar.

Teve a audácia de acabar
com toda a esperança que eu havia plantado
dos pensamentos trilhados
e das loucuras de um eterno apaixonado.

Mas agora você não merece nada.
Não merece meus textos rimados
nada além de pena
e que eu e meu amor te deixemos de lado.

Teve a coragem de desistir da minha luta
de onde levei você na ponta da minha lança
e cravei seu nome em terras distantes
para que fosse morar na caverna do dragão.

Do meu jardim fizeste tua sepultura
do meu amor, gargalhou na cara dele
e agora do nosso futuro,
não te desejo mal, porque ainda a amo
mas quem lhe acompanhará agora,
não será eu,
só a solidão.

domingo, 15 de agosto de 2010

Eu gosto mesmo de você.
Incrível foi te ver
e agora já faço planos.
Ah, eu quero você.

Não vou ficar aqui fazendo rodeios
mas eu penso em ti.
A todo momento.
São tantos planos...

Foi lindo ver o teu rosto
o brilho dos seus olhos
o carinho das tuas palavras
ao meus ouvidos tocar.

Espetacular sensação de prazer
que há tempos não flutuava.
De você eu só quero os detalhes
porque do complexo não quero nem saber.

Eu até esbocei umas lágrimas
mas não achei que seria assim,
tão justo.
Deixe pra quando voltar,
elas estarão lá, pode acreditar.

Foi melhor do que ver sol
e mais lindo do que o luar.
Você trouxe uma saudade gigantesca
e também uma felicidade
uma vontade de amar...

Eu gosto mesmo de você
sem metáforas ou leviandade,
apenas algo verdadeiro, que acontece assim...
porque eu gosto mesmo de você.

O Vento

Eu estou ouvindo
e você, minha querida?
Está vindo lá de cima
e não acho que seja longe.

Parece-me que é forte.
Não! Eu tenho certeza.
Noto que está sozinho
e um pouco furioso.

De onde ele vem
todos são iguais.
Não existe presidentes ou caciques,
apenas um sentimento de liberdade.

Ele chegou, amor.
Você percebeu?
Eu espero que sim
pois está cheio de vida.

Está vendo, querida?
Ele não se importa,
passou de novo,
e até conversou comigo.

E agora, viu?
Poxa! Que triste, meu bem.
Você perdeu.
Ele até riu pra você.

Desisto. Você não vê.
Mas ele sussurou, de novo.
Anrram! Só confirmei
mas até ele sabe que amo você.

"Tudo bem então. Tchau, meu amigo".
Não, ele só estava de passagem.
De onde eu conheço ele?
Ah. A gente se esbarra por aí, as vezes.
Daqueles dias pra cá
nada mudou
estive certo desde sempre
daqueles dias pra cá só fui eu mesmo.

E do que me adianta
tanto drama
se dessa rima
sou eu quem te ensina.

Infelizmente o meu palpitar
também me sufoca
e do amor que sinto por ti
cresce agora, a paixão da nossa história.

Daqueles dias pra cá
nada mudou
você fica dando aquele seu sorriso
e eu fico aqui apenas sonhando...

Apenas amando.
Apenas amando você...

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

De galho em galho, né?
Mas caaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaalma!
Eu sei que você estava esperando por um texto meu, hoje!
Porém eu não creio que deva escrevê-lo agora.
Ela está esperando por isso.
Na verdade, talvez não.
Mas ela verá, e aí não fica legal. Não agora!

Eu gosto de usar o "mas".
Então, fica aí, pra você, meu bem!

Eu gostei.
Tem tudo pra dar certo!
Vamos ver o que vai dar.
Vamos viver!
Vamos?

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Eu pensei hoje e vi que:
se você vier comigo,
será algo do jeito que manda os contos,
risos e beijos; amor e amizade.

Notei que nas suas literaturas
eu faço presente.
Que das suas melodias
eu sambo em cima.

Que das minhas literaturas
você reside.
Que do meu samba
alegro por ter você.

Pensei hoje que somos um par
do tipo que um olha; o outro entende.
Que no amor ou na amizade,
eu já criei o nosso destino: o futuro!

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

HAHAHAHAHA
E de novo voltamos aos velhos tempos, de rotina.
Assim, a MINHA rotina, né Vinícius?
Você conhece bem, segura a gargalhada.

Mas, veja só: já foi uma semana.
Antes davam-se 7 dias e pronto!
Desta vez, sei que disso já passou.
E olha que o rio nem ajudava tanto assim.

É! Sabe também da minha paciência, né?
A dona ansiedade me consome tanto
que meus dedos não tem mais carne
e minhas unhas são passado.

O problema é continuar nessa linha.
Eu projetei o trilho, sabe?
Mas sei também que o calor dilata e bem.
Eu, já, sim, quero-te, AGORA!

terça-feira, 29 de junho de 2010

E já perguntavam por aí,
"Quanto tempo demora um mês?".
E hoje eu digo,
um punhado de risos amarrados com companherismo.

Hoje fazemos data com a cheia,
passamos por sua minguante e,
ansiamos na crescente
deixando de lado a nova.

Hoje já morreram as rugas
e secaram as preocupações deste rosto.
No espelho, que outrora vestia preto,
celebra o carnaval fora de época.

Num ritmo de vai e vem
eu só vou.
Não quero mais voltar.
Eu quero é seguir, em frente, rumo a felicidade.

domingo, 20 de junho de 2010

Tudo é dor, e toda dor vem do desejo de não sentirmos dor.

- Renato M. Júnior

sábado, 29 de maio de 2010

E finalmente os campos de grama verde
conheceram a primavera
e dentre todos os grãos
eis que o seu aflora em mim.

Agora já espero pelo florescimento
oriundo de grande paixão
e tremenda afeição
de cara limpa e nobre por sentimento.

Hoje o sol lutou até suar
o meus pesadelos acordaram
meus demônios, santificados
minha dor, agora amor!

Até pensei em ir pra guerra
em terras inimigas para vencer
mas percebi que bem aqui
nestes céus, posso ter o paraíso!

quarta-feira, 26 de maio de 2010

E eu, eterno errante que sou
me apaixonei de novo
e de novo na esperança de ser amado
cá estou - de novo - escrevendo para você.

O meu desalento já se torna desespero.
Queria eu que fosse raiva.
A raiva é uma muleta para os enganados
que acreditam fazer o passado mais rápido.

Eu acredito também,
acredito até demais.
Nas pessoas, nos ideias e até mesmo nos amores.
Ah! Que saudade dos amores...

Os amores que tive outrora...
dos tempos de inocência que não voltam mais.
Da época em que amar era sagrado
e que era pra eu ser você e não a solidão ao meu lado!

domingo, 23 de maio de 2010

O caminho do novo amor é cinza.
Ao andar pelas entranhas dos relacionamentos
a curva da floresta bifurca
entre o romance e a comédia.

Pela direita, apresenta-se o cômico.
Um domínio de aberturas alegres
com meio e fim indelicados.
Um final de só-risos amarelos.

Pelo outro lado, o coração.
O lado da platéia demodê,
que anseia por diferença
e espera catatônica pela grande Julieta.

E no meio disso tudo,
a dúvida - minha!
Que sufoca meu ar
em saber se gargalho ou se amo.

sábado, 15 de maio de 2010

Há tanto tempo a música era apenas barulho
e letras, leves rabiscos mudos.
O calor servia apenas pra irritar,
e o sorvete apenas pra derreter.

O sapato estava com muita poeira.
Minha estante, ninho para as traças e suas primas.
E o meu peito, sufocante.
Meus olhos, sem janelas!

Minha lagoa já não tinha sapos,
e minha rapunzel era careca.
Minha canoa, furada como peneira
e minhas árvores perpetuaram o outono.

Mas eis que agora o cardíaco acelera,
a angústia prima por ansiedade.
O vento, antes andarilho
és meu suspiro de paixão.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

hoje eu acordei
e achei que escreveria sobre o azul do céu
a suavidade das nuvens
e o manso calor da manhã.

Mas eu percebi que não vivo essa vida
que meu eu não está em mim
que o meu ser não é estar
e que meu ar é rarefeito.

Tive noções de física
que na minha matemática se anulam.
Onde minha sorte tende aos céus
que não são mais meus.

Espero que o novo
sempre velho
se torne passado
antes que meu futuro se finda.

domingo, 4 de abril de 2010

O dia nasceu de uma forma tão pouco vista por estes arredores.
Um riso aberto de costa a costa,
e um par de diamantes nesta bela superfície.
E um cheiro de girassol neste dia nublado.
Um presente, levemente confeccionado,
não tão importante quanto a sua existência,
mas de prazer parecido
transparecido por seus gestos.
Gostei. Melhor, eu amei.
Espero que não só hoje, como até o fim consiga o mesmo efeito.
O seu estado de espírito que conheci hoje,
me encantou para todo o sempre.
Pode apostar, vou lembrar toda vez que o vento cantar.
No sentido da minha infinita busca pelo ser,
lembrarei dos dias que aqui passei,
dos risos que sorri,
dos cantos que cantei.
Para sempre vou lembrar daquela que fez sol em dia de lama.
Que fez da minha rocha fogo e amor.
Onde pegou minha inércia e provocou aceleração.
À colocar no meu fim a vírgula que faltava.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

E nós partimos rumo ao novo mundo. Já se faz, data de hoje, mês de Maio. O tempo passou, muito rápido, para você; no meu caso o tempo se eterniza. O tempo que já fez carnaval em agosto chuvoso e hoje serve apenas para mostrar ao teimoso espelho o que é um homem sem a sombra da orquestra. No caminhar deste caminho caminhado já ouvi pelos becos do subúrbio história de cada milagre que, já, não acredito tanto assim... onde o tempo não é lá tão caridoso como pregam. Até tentei dançar um tango com ele mas até com isso eu errei o salto. Num dos caminhos que me levam ao devaneio, conheci uma singela e graciosa. De um passado já comprometido pela busca da razão social e comprometimentos "obrigatórios". Um dos sentimentos que vivo me perdendo, é claro, como eterno apaixonado que sou. E por assim dizer, me perdi, novamente. Porém como os meu delírios, sempre acontece, se vão. E ao irem deixam um tom de cinza no meu quadro de cores de uma cor só. O preto. Eu visto preto por dentro e por fora, mesmo com esse sorriso amarelo e uma boca pálida. O show dos becos, perdidos, me faz sentir-se em casa. O que antes era força, agora é desespero. E o que era, não é mais.

Onde está a luz desse beco? No fim? Pois isto parece-me mais uma dízima periódica do que uma artéria da paixão. Eu, enfim, me perco, as vezes, nesses becos também. Ah! que delícia é por momentos categóricos essa sensação. O problema é que as vezes esqueço de voltar a realidade do presente-futuro e vejo que o dia já é sombra e que a lua não vem cantar à minha sala hoje a noite. Mas pelo visto, eu também não vou cantar hoje... pelo visto, eu não vou cantar mais.

sexta-feira, 26 de março de 2010

é tão complicado sair de férias e saber que elas têm um fim.
é tão triste tentar fazer diferente sendo igual.
e é muito comum ser normal dentro da anormalidade.
a escrita é tão simples e exata.
um labirinto já desvendado.
um homem já amado...

quase não lembro mais de tudo que me fora passado.
porém há cicatrizes que marcam um RIP no túmulo.
um cemitério de pessoas vivas,
uma multidão de um só.
uma vitória derrotada.
uma glória manchada.

eis aqui,
seu devoto, pronto pro novo mundo.

sábado, 9 de janeiro de 2010

e eu vou escrever o que hoje?
agora?
sobre dor? solidão?
euforia? loucura? insanidade?
SAUDADE?
ou fazer diferente, e começar a mentir?

que saco que está tudo isso, viu?
a culpa é sua?
pior que não.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAÍ!
nossa, tá estrapolando.
tá nascendo,
vivendo.
cresceu.
deu vida.
já nasceu,
já vivia.
já morrera,
em ti,
não em mim.
eu quero
você esnoba,
melhor...
finge que não sabe
sabendo.
vem,
me mata...
logo.
esse tipo de morte
mata mais
e acaba com o infinito
do meu cosmo.
eu amo você
e morro
o tempo todo
da eternidade
por isto.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

tá difícil caminhar no seu rastro.
você passou por aqui e mudou tudo.
antes eu sabia o caminho de cor.
agora me perco em sua dança.
eu tive um sonho
que não era bem dormido.
foi-se como um sopro
mas ficou, como uma morte.
eu espantei os lobos
mas ficou a poeira.
ontem eu sorri
foi lindo,
por um momento, eu vivi.
e eu vou ser dela,
mais do que pude,
e sou,
agora, ainda seu.